Amor à sabedoria
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A coruja tornou-se símbolo da Filosofia por dois principais motivos. O primeiro motivo remonta à mitologia grega e o segundo diz respeito à própria estrutura fisiológica (biológica) da ave, além dos mistérios que envolvem este exótico animal.
Na mitologia grega, a deusa Athena (que corresponde à deusa Minerva na Roma antiga) tinha como mascote um pássaro que era uma coruja. Athena é considerada a deusa da sabedoria, das ciências e das artes. Também é patrona da cidade de Atenas – uma das cidades-estados mais desenvolvidas no aspecto cultural na Grécia antiga.
Associar a coruja à deusa da sabedoria contribuiu para que essa ave se tornasse símbolo da filosofia. Contudo, tal simbologia se consolidou quando um importante filósofo alemão, chamado Hegel (1770-1831) pronunciou uma célebre frase que dizia que “... assim como a coruja de Minerva (Athena) leva nta voo ao entardecer, a filosofia somente avança sobre a história humana desde que ela tenha ocorrido”, isto é, a filosofia ocorre de modo a racionalizar a história e a cultura.
Por último, a coruja tem tudo a ver com a filosofia. A coruja é um pássaro que possui uma visão apuradíssima. Sua capacidade de enxergar é 150 vezes maior que a capacidade humana. Essa visão privilegiada é que possibilita à coruja capturar com precisão suas presas na escuridão da noite.
A coruja também consegue girar sua cabeça quase que completamente, sendo possível ver e observar praticamente todos os lados. Por ser sem dúvida uma ave caracterizada por hábitos diferentes das outras aves, a coruja é mais que uma simples observadora: é misteriosa, esperta e curiosa.
A filosofia é assim como a coruja: enxerga além. A atitude filosófica possibilita enxergar a realidade de uma forma mais crítica e apurada ao permitir um salto qualitativo em relação ao conhecimento do senso-comum. Assim como a coruja “vê além”, a filosofia rompe com o óbvio, com a conformidade do cotidiano, fazendo com que lancemos sobre o próprio cotidiano, perguntas essenciais sobre a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos.
O “jeitão” de ser da coruja, associado às histórias mitológicas que a cerca, têm muitas semelhanças com o exercício da filosofia. A analogia não poderia ser melhor!
FONTE: Maurício Colenghi Filho, Professor de Ética e Cidadania do Colégio IESP
www.colegioiesp.com.br/sdi3/sdi3.default.php?pagina=2011-coruja-filosofia
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